São Tomé é uma pequena ilha luxuriante, caída sobre o equador, ao largo da costa atlântica da Ãfrica, e que de certa maneira ali ficou meio esquecida. Juntamente com a ainda menor ilha do Príncipe forma o segundo menor país da Ãfrica, um que muitos nem sabem que existe. É uma ilha do “Jurassic Park”, uma montanha verde que se ergue do oceano, com uma floresta tropical muito densa e espessa cobrindo a maior parte de seus metros quadrados, indo até em cima das ondas que enrolam nas pequenas praias de areia branca.
Foi parte dessa floresta tropical que, num dado momento sua história, foi desmatada para dar lugar a plantações intensivas de cacau e café, as chamadas roças, e milhares de pessoas foram retiradas do continente para trabalhar nelas, de modo alimentar a sua crescente produção. No seu auge, dezenas dessas roças estavam em operação, algumas até com pequenas ferrovias conectando-as, mas eventualmente quase todas acabaram por entrar em desuso. Hoje em dia, algumas estão totalmente abandonadas e tomadas pela natureza, a maioria é apenas habitada, quase todas estão em decadência, e dessas muitas estão bem além da possível recuperação.
Hoje a vida é simples e frugal, e acontece principalmente ao longo da costa, estendendo-se desde a capital até a última pequena vila de pescadores antes que a estrada termine. Acontece devagar, sem horas marcadas, levando as coisas à medida que acontecem e sem se preocupar muito. Esse sentimento descontraído é exatamente o leve-leve.


















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